Está grávida e tem dúvidas?
Temos respostas para si
É natural que uma mulher grávida tenha muitas perguntas para as quais precisa de resposta.
Fruto da nossa experiência, reunimos aqui as dúvidas mais frequentes mas, sempre que quiser, fale connosco a qualquer hora pelo linha-telefonica. Esta é a nossa linha gratuita e 100% confidencial. Tudo o que nos disser ou perguntar ficará apenas entre si e a assistente social ou psicóloga que a atender.
Mesmo que pense em fazer um aborto (que muitos chamam IVG), estamos aqui para si. Não a deixamos sozinha com o que está a passar.
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Como posso saber se estou grávida?
Acha que está grávida mas tem medo de fazer o teste? Tomou a contraceção de forma irregular ou teve uma relação sexual desprotegida?
No início da gravidez, há sintomas que indicam à mulher que pode estar grávida. Apesar de não se manifestarem em todos os casos, alguns dos que podem levar a suspeitar de uma gravidez são:- atraso menstrual,
- tensão abdominal e cólicas,
- tensão mamária,
- náuseas
- vómitos
- vontade frequente de urinar
- sono
- cansaço
Se suspeita que está grávida, o primeiro passo importante é fazer um teste. Pode adquiri-lo numa farmácia, parafarmácia ou supermercado.
Estes testes são rápidos e fiáveis e podem ser feitos em casa.
Não se esqueça de verificar a validade do teste na embalagem. Siga as instruções e use, de preferência, a primeira urina da manhã. De um modo geral, o resultado demora de 3 a 5 minutos.
Também pode fazer uma análise de sangue que, à semelhança do teste de gravidez, confirma a gravidez quando deteta a presença da hormona Beta HCG. Se o resultado for positivo, é importante que seja observada por um médico.
Se esta é uma situação difícil, se tem medo de fazer o teste e/ou não quer estar sozinha, pode ligar para a nossa linha gratuita e confidencial: linha-telefonica. Conte connosco para a apoiarmos neste momento.
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O resultado do teste de gravidez pode estar errado?
Habitualmente, não existem falsos positivos. É mais comum a existência de um falso negativo pois, numa fase inicial da gravidez, o teste pode não detetar a presença da hormona beta HCG. Em caso de dúvida, é melhor repetir o teste após uns dias ou optar pela análise de sangue.
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Estou grávida e sinto-me sozinha
Não sabe a quem contar ou tem receio da reação dos outros? Corre o risco de ser posta fora de casa? Já contou a alguém e não se sentiu apoiada?
Pode estar rodeada de pessoas e, ainda assim, sentir que está sozinha. Uma gravidez implica mudanças e, numa gravidez inesperada, é comum surgir um sentimento de solidão associado a alguma culpa. A pergunta “Como é que isto me aconteceu, a mim?” é mais frequente do que pode imaginar.
Não é a única a passar por esta situação.
Pela nossa experiência, este sentimento de culpa pode provocar um bloqueio na mulher que, receando julgamentos e críticas, se isola.
Se não tem com quem falar ou se já falou com alguém mas não teve o apoio que esperava, conte connosco! Já acompanhámos cerca de 4.000 mulheres grávidas em situação difícil. Muitas vezes, basta falar para percebermos o que sentimos e pensamos.
Mesmo que seja menor de idade, use a nossa linha gratuita e confidencial, disponível 24h – linha-telefonica. Se quiser podemos ir ao seu encontro caso esteja na zona da Grande Lisboa. Se vive longe, podemos indicar uma instituição mais perto da sua área.
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Estou grávida e o pai do bebé não me dá apoio
O apoio do pai do bebé é muito importante. Se ainda não lhe contou, é possível que sinta ansiedade quanto à sua reação à notícia, medo das consequências que esta possa ter para a relação. Até pode ter medo que ele a abandone.
De facto, quando a gravidez é indesejada ou não planeada, é possível que a reação do pai seja de choque ou de rejeição. Mas, se está a passar por isto, é importante dar-lhe algum tempo, para que ele possa pensar sobre esta notícia, salvaguardando uma comunicação positiva e evitando conflitos desnecessários. A nossa experiência tem-nos mostrado que, ao longo da gravidez, muitas vezes a atitude dos que rodeiam a grávida, nomeadamente a do pai do bebé, altera-se e adapta-se à nova realidade.
No Apoio à Vida, estamos disponíveis para vos acompanhar e ajudar a refletir. Também temos experiência com pais e outros familiares.
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Estou grávida e não tenho condições financeiras
Para os pais, é fundamental sentirem que têm a possibilidade de dar o melhor aos seus filhos e uma gravidez inesperada, principalmente num momento de maior instabilidade financeira, pode ser vista como um impedimento a este desejo.
Há que rever planos, ajustar expectativas, tomar decisões e pensar no que, para si, é realmente importante.
Se está numa situação de carência económica, vai gostar de saber que existem instituições a trabalhar na área da gravidez que apoiam cada grávida e a sua família de forma integrada.
Neste sentido, no Apoio à Vida, disponibilizamos vários serviços que pretendem apoiar cada mulher a alcançar os seus objetivos.
Se quiser esclarecer alguma questão, conte connosco! Temos uma equipa que pode ajudá-la a nível psicológico, social, procura de emprego ou esclarecimento de dúvidas de âmbito jurídico e médico.
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Quais os direitos da grávida?
A proteção das mulheres grávidas é um assunto sensível e de grande importância para toda a sociedade. O Serviço Nacional de Saúde garante o acompanhamento gratuito durante toda a gravidez, parto e pós-parto.
Para as trabalhadoras grávidas, existem direitos específicos que visam a sua proteção em contexto profissional (http://cite.gov.pt/pt/acite/protecparent001.html).
Existe, ainda, um conjunto de subsídios que poderão ser pedidos de acordo com a situação específica de cada mulher.
Fale connosco ou veja aqui (http://www.seg-social.pt/maternidade-e-paternidade).
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Estou grávida e estou ilegal em Portugal
Dizem-lhe que não tem direito a cuidados de saúde? Não sabe o que fazer ou onde se dirigir?
A legislação portuguesa garante o acesso ao Serviço Nacional de Saúde a todas as pessoas que se encontrem em Portugal. Por isso, descanse quanto a esta questão: pode ter os cuidados médicos de que precisa.
Para a lei, a gravidez é uma situação de “especial atenção e proteção”.
Há, por exemplo, isenção de pagamento das taxas moderadoras para as mulheres portuguesas ou estrangeiras que se encontrem em Portugal com autorização de residência.
Se é estrangeira, reside em Portugal há mais de 90 dias, e se encontra em situação de ilegalidade, também terá direito à isenção de pagamento de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde.
Para as estrangeiras que se encontrem em Portugal noutra situação mais específica, existe sempre a possibilidade de apoio no pagamento das referidas taxas. Se precisa de esclarecimento e acompanhamento nesta questão, pode dirigir-se a um Centro Nacional de Apoio ao Imigrante (https://www.portaldocidadao.pt/web/alto-comissariado-para-as-migracoes/centros-nacionais-de-apoio-ao-imigrante-cnai-).
No Apoio à Vida, a situação legal não é um requisito para acompanhamento pelo que, qualquer que seja a sua situação em Portugal, se está grávida, estamos aqui para si.
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Estou grávida e não quero comprometer o meu futuro
Tem medo de ser despedida? Já tem outro(s) filho(s) e receia não conseguir gerir a sua situação familiar?
Pode parecer impossível conciliar esta gravidez com o resto da sua vida. Mas lidar com o inesperado implica rever planos e pensar no que, para si, é prioritário. O importante é desenvolver a capacidade de se reajustar aos desafios que a vida lhe vai colocando. Acredite que é possível e saiba que não está sozinha. No Apoio à Vida, encontra uma equipa que pode ajudá-la a nível psicológico, social, procura de emprego ou esclarecimento de dúvidas de âmbito jurídico e médico.
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Estou grávida e penso fazer um aborto/interrupção voluntária da gravidez
A descoberta de uma gravidez não planeada é naturalmente um momento de choque, dúvida e incerteza. Em momentos de aflição, podemos sentir medo que a nossa vida mude, de não sermos capazes, de não conseguirmos ser felizes…
Naturalmente, queremos resolver a situação o quanto antes, mas é uma decisão complexa, difícil de tomar. Por isso é importante pensar com calma, esperar para perceber o que é melhor para si e avaliar as consequências de qualquer uma das decisões. O desejo de não estar grávida pode não significar o desejo de fazer um aborto, mesmo que sinta que não tem outra opção.
Temos uma equipa de psicólogas e técnicas, disponíveis 24 horas por dia, que a podem ajudar e acompanhar na decisão. Ligue-nos através da nossa linha confidencial e gratuita: linha-telefonica.
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Qual o procedimento para uma interrupção voluntária da gravidez?
De acordo com a lei 16/2007 (https://www.ers.pt/uploads/document/file/289/Lei_16-2007-_17_Abril.pdf), um aborto, ou Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), por opção da mulher, pode ser realizada até à 10.ª semana de gestação por método cirúrgico ou medicamentoso. Se tem menos de 16 anos, precisará do consentimento do seu representante legal.
Em primeiro lugar é realizada uma consulta prévia numa instituição de saúde, onde deverá esclarecer as suas dúvidas e receber informações sobre os diversos apoios que existem. Depois desta consulta é obrigatório, por lei, que tenha um período de reflexão mínimo de 3 dias, antes da realização do aborto. Durante este período, para tomar uma decisão ponderada e informada, pode pedir um atendimento gratuito com um assistente social ou psicólogo. Se continuar com dúvidas ligue para linha-telefonica e fale connosco no Apoio à Vida.
Temos uma equipa de profissionais disponíveis para esclarecer as suas questões, ajudá-la a refletir e, caso queira, ir ao seu encontro!
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Fiz um aborto e nunca falei com ninguém
Relembrar uma experiência delicada faz-nos reviver sentimentos e memórias que podem ser dolorosas. A decisão de abortar é um processo complexo, que envolve ambivalência e muito sofrimento. Pode ser natural oscilar entre o alívio e a ansiedade ou tristeza. Pensar que foi a melhor solução não significa, necessariamente, que não haja consequências emocionais. O sofrimento não é julgável ou palpável. Nestas situações podem ocorrer sintomas como:
- insónia e/ou pesadelos,
- ansiedade generalizada,
- reviver frequentemente os acontecimentos,
- isolamento social,
- tristeza profunda,
- sentimentos de culpa.
Para si, pode ser difícil expor esta situação, pelo medo de se sentir incompreendida ou julgada. Há pessoas que ficam muitos anos a sofrer, sem contarem a ninguém. A nossa experiência com mulheres que passaram por estas situações ajuda-nos a compreender a complexidade desta realidade e o impacto que o aborto pode ter na vida da mulher. A nossa equipa está disponível para acolhê-la e ouvir, sem qualquer julgamento.
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Estou grávida e não tenho casa onde ficar
Se não tem onde ficar, o Apoio à Vida também a pode ajudar. Acolhemos mulheres grávidas em situação de dificuldade numa casa em Lisboa, onde podem viver a sua gravidez e pós-parto em ambiente familiar. Trabalhamos em conjunto com outras instituições, para que todas possam ser acolhidas.
A nossa equipa técnica pode acompanhá-la na reconstrução do seu projeto de vida. Ligue-nos para o linha-telefonica para saber como podemos ajudar. O Apoio à Vida nasceu há 20 anos justamente para ajudar mulheres em dificuldade face a uma gravidez inesperada.
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